A terapia ABA e o processo de inclusão escolar

A questão escolar é um dos principais anseios dos pais, uma vez que logo cedo a criança necessita ser inserida nesse contexto para a busca do desenvolvimento da aprendizagem. Mas a dúvida é: como fazer para incluir a criança no ambiente escolar de maneira efetiva e eficaz? Quais são as principais orientações passadas pelos profissionais da saúde quando a questão é desenvolvimento social e intelectual da criança com TEA? A especialista em Neuropsicologia e Analista do Comportamento Aplicada ao Autismo do Grupo Conduzir, Renata Michel, comenta que o assunto é bastante complexo, visto que estamos falando do ensino no Brasil, que já apresenta grandes dificuldades para o ensino regular, desde pormenores políticos, econômicos e sociais. Por isso, o assunto precisa ser analisado de maneira bem cautelosa buscando e pensando sempre no bem-estar da criança: “É bom sempre lembrar que assim que uma criança recebe o diagnóstico do TEA, os pais já devem planejar e estudar a melhor forma de inclusão escolar para o filho. Quanto antes esse processo de inclusão iniciar, tanto na escola quanto em outros ambientes, melhor para a família e para a criança. Isso porque a inclusão escolar é de fundamental importância para o desenvolvimento de habilidades de crianças com autismo, independente do espectro “grau” de autismo e deve seguir as orientações do Analista do Comportamento e Psicopedagogos responsáveis pelo caso.” Para completar esse cenário, é necessário que o acompanhante escolar também seja integrado a essa equipe e consiga, no dia a dia, garantir as condições necessárias para que essas contribuições sejam efetivamente aplicadas. Essa integração clara, coerente e preciosa depende de algumas condições: Funções claras do acompanhante na mediação da relação professor/aluno: o acompanhante não substitui e jamais substituirá o professor que deve passar a ser referência em sala para a criança com TEA; Funções claras do acompanhante na mediação da relação criança/colegas da turma: outro importante desafio do acompanhante escolar é garantir que a criança com TEA interaja com seus pares da turma, ao mesmo tempo que os colegas também mantenham interação com a criança e não com o acompanhante; Funções claras do acompanhante no processo de desenvolvimento pedagógico/acadêmico da criança: o que e como ensinar à criança com TEA são decisões da equipe escolar em parceria com os profissionais que a atendem, inclusive o analista do comportamento.

Algumas decisões também são necessárias em diferentes momentos. Uma delas é o perfil desse profissional. Uma formação específica da Pedagogia, embora não seja critério indispensável (claro que no contexto do ensino público, as escolas optam por essa formação como requisito), é interessante, pensando especialmente a partir dos anos letivos em que começa o processo de alfabetização das crianças. Outra decisão importante na escolha do acompanhante é ter suas funções claramente especificadas e adequadas às necessidades da criança. Algumas crianças precisarão de um profissional que as acompanhem quase integralmente e para diferentes demandas (por exemplo, de autocuidado aos aspectos pedagógicos). Outras crianças necessitarão de um profissional que atue de forma mais sutil (em alguns momentos, inclusive, talvez nem a criança e nem a turma saibam que o acompanhante está ali para atender necessidades de mediação da criança com TEA). Tomar uma decisão dessa natureza requer avaliação detalhada das necessidades da criança e treinamento específico para as diferentes situações.

Na Biofisio temos uma equipe capacitada, com profissionais que vão auxiliar o desenvolvimento do paciente no ambiente escolar. Nossa estrutura oferece a elaboração de materiais adaptados, cursos  e supervisão em ambiente escolar.

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